sábado, 8 de novembro de 2008

a verdadeira deficiência mental




E lá estava eu, numa tarde qualquer, na rua mais movimenta, no centro da cidade.
Entre centenas de pessoas passando apressadas, com milhares de sacolas e pensamentos, uma delas se destacava. Um jovem - cerca de 20 anos - boa aparência, cabelos devidamente penteado, camiseta azul claro passada, uma calça risca de giz, sapatos de couro e caderante.
Se locomover com a ajuda de uma cadeira de rodas fazia todos da rua lançar olhares de piedade para o rapaz - que depois de sofrer um terrível acidente de carro, já estava acostumado com aquela situação.Por um minuto, a rua escandalosa abaixou o tom de voz e começou a sussurrar - pessoas hipócritas adoram falar das outras como se soubessem de sua vida e pudessem opinar. O farol para pedestre fecha o que faz os carros saírem; O rapaz fica bem na minha frente, e o crachá de uma empresa bem solicitada escrito com letras grandes e legíveis GERENTE pendurada no seu pescoço desperta minha atenção;
Apesar do seu 'problema', aquele rapaz tinha uma vida como a de qualquer um, ou ainda melhor, ele superou suas dificultades, era bem sucedido no seu trabalho e aprendeu a dar mais valor pra vida; Ao meu lado, uma senhora de aproximadamente 32 anos, aparentando ter mais de 40, com 23 kilos acima do seu peso, olheiras de noites mal dormidas ,cabelos brancos de preocupação e casada com um homem a qual não ama, diz suspirando: pobre rapaz!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

nostalgico





todos nós temos segredos.

e se imaginarmos que nossa mente não passa de uma simples caixa , teremos uma caixa cheia.

cheia de memorias, de lembranças, de saudade,de cheiro,de imagens,de sabores,de mensagens e até mesmo textura ; boas,ruins,alegres,egoístas,traumáticas e nostalgicas;lembranças de pessoas,lugares,músicas e imagens que por mais simples que elas sejam ,vão te acompanhar o resto da vida.

abrir essa caixa .
não é simplesmente voltar ao passado - mas é se lembrar da aonde você veio, para saber até aonde você vai.